Tratamentos para câncer de estômago: opções e novidades

Tratamentos para Câncer de Estômago

Embora não seja um tipo muito comum, o câncer de estômago é bastante perigoso. Isso porque na maioria dos casos o tumor se desenvolve sem causar sintomas óbvios: azia constante, dor na barriga, náuseas e vômitos, sensação do estômago cheio, perda de apetite, fraqueza e cansaço, e até mesmo vômito com sangue estão entre os primeiros sinais da doença.

Por serem comuns a outros problemas de saúde, como um vírus ou úlcera, a falta de especificidade dos sintomas dificulta o início de tratamentos específicos para câncer de estômago.

Segundo as estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), houve cerca de 20.520 novos casos de câncer de estômago no Brasil em 2016. Ele afeta principalmente pessoas mais velhas, com uma média de idade de 69 anos. O risco de uma pessoa ter um tumor no estômago em sua vida é cerca de 1 em 111.

Entre os fatores de risco, estão infecções causadas pela bactéria Helicobacter Pylori, ingestão exagerada de alimentos em conserva, úlcera ou gastrite crônica, anemia e tabagismo.

 

O tratamento do câncer de estômago varia conforme cada estágio

 

Nos últimos anos, novas pesquisas permitiram o avanço da prevenção, detecção precoce e tratamentos do câncer de estômago. Tradicionalmente, eles variam conforme cada estágio:

  • Estágio 0 – como os tumores neste estágio estão limitados a camada de revestimento interno do estômago, eles podem ser retirados com cirurgia, dispensando quimio ou radioterapia.
  • Estágio IA e IB – nestes estágios, o paciente tem o tumor removido por cirurgia. No IA, em raros casos, a ressecção endoscópica da mucosa pode ser uma opção de tratamento. Já no IB a quimioterapia ou quimioirradiação pode ser administrada antes da cirurgia para diminuir o tamanho do tumor.
  • Estágio II- o principal tratamento é a retirada total ou parcial do estômago.
  • Estágio III– a cirurgia também está entre os principais tratamentos para o câncer de estômago neste estágio. Se o paciente está muito debilitado, pode ser tratado com quimioirradiação, radioterapia ou quimioterapia.
  • Estágio IV– neste estágio, o tratamento tem como objetivo manter a doença sob controle e aliviar os sintomas. Ele pode incluir a cirurgia, quimioterapia ou radioterapia e, em alguns casos, feixes de raio laser direcionado através de um endoscópio para destruir o tumor e aliviar a obstrução.

 

Medicamentos alvo para o tratamento de câncer de estômago estão entre as novidades encontradas por pesquisadores recentemente. Eles podem funcionar quando os quimioterápicos convencionais não estão respondendo, e têm menos efeitos colaterais. Entre eles, estão os que bloqueiam as proteínas HER2 ou EGFR, presentes em algumas células de câncer de estômago que facilitam o desenvolvimento do tumor.

Além do tratamento com terapias alvo, a imunoterapia também pode ser recomendada para o combate ao câncer de estômago. A abordagem usa medicamentos que estimulam o sistema imunológico a lutar contra o tumor. Um estudo coreano mostrou que a combinação de quimioterapia com um tipo de imunoterapia retardou a recidiva da doença e aumentou a sobrevida de alguns pacientes.

Para determinar se os medicamentos alvos podem ajudar no caso de um paciente, exames de biópsia líquida são recomendados. O procedimento é simples, indolor e rápido, e traça um perfil que ajuda a determinar o tratamento mais eficaz para todos os tipos de câncer.

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