Algumas substâncias presentes no sangue, urina, fluidos e tecidos corporais, podem indicar a existência de câncer ou outros tumores não necessariamente malignos. A maioria dessas substâncias são proteínas, mas cada vez mais expressões genéticas e mudanças no DNA têm sido usadas para identificar a existência de câncer ou não.
Isso tudo é feito nos chamados exames de marcador tumoral. Existem diferentes formatos de teste, alguns identificam somente um tipo de câncer, outros dois ou mais. A realidade é que ainda não existe um exame de marcador tumoral universal para identificar qualquer tipo de tumor e os que existem ainda possuem algumas limitações. No entanto, se combinados a outros testes, como as biópsias, tornam-se ferramentas importantes para o diagnóstico e tratamento do câncer.
Como funciona o exame de marcador tumoral
O exame de marcador tumoral é relativamente simples: o médico retira uma amostra de tecido do próprio tumor ou de fluidos corporais e os envia ao laboratório, que utiliza técnicas de imunohistoquímica para analisar os níveis de marcadores tumorais. Eles podem ser produzidos pelo próprio tumor ou por células não tumorais em resposta à presença de um câncer. A maioria são antígenos de tumores, proteínas ou pedaços de proteínas, enzimas ou hormônios.
Por não ter uma especificidade rigorosa, o que pode levar a resultados falso positivos ou negativos, ou seja, indicando a presença de câncer quando esta não existe ou não a indicando quando existe, o exame de marcador tumoral costuma ser usado principalmente para acompanhar a evolução do tratamento.
A diminuição no nível das substâncias que indicam a presença do tumor pode indicar que o tratamento está funcionando, enquanto nenhuma mudança ou mesmo aumento nas substâncias pode indicar o contrário. Por isso, o exame de marcador tumoral continua a ser usado mesmo após o fim do tratamento, para certificar de que não há reincidência do câncer.
Conheça os tipos mais comuns de exames de marcadores tumorais
Existem algumas dezenas de exames de marcadores tumorais que são utilizados atualmente para identificar uma ampla variedade de cânceres. Os mais comuns são:
- PSA (antígeno prostático específico), que detecta a presença do câncer de próstata;
- CA 125, que sugere câncer de ovário;
- AFP, ou alfafetoproteína, visto que altos níveis da substância podem indicar câncer de fígado (embora os níveis também possam aumentar em algumas doenças benignas);
- CEA, utilizado para analisar casos de câncer colorretal;
- CA 15-3, usado principalmente para o acompanhamento de pacientes com câncer de mama, mas níveis elevados também podem ser encontrados em pacientes com outros tipos de câncer, como o de pulmão, cólon, pâncreas e ovário;
- CA19-9, usado para identificar se o tratamento contra câncer de pâncreas e outros tumores que afetam o sistema digestivo está sendo eficaz;
- CD20, utilizado para determinar se tratamentos com terapias específicas são apropriados para linfomas não-Hodgkin.
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FONTE:
http://www.abc.med.br/p/exames-e-procedimentos/813044/marcadores+tumorais+para+que+eles+servem.htm
https://www.cancer.gov/about-cancer/diagnosis-staging/diagnosis/tumor-markers-fact-sheet