O câncer é o crescimento anormal e descontrolado de células, seja em glândulas, tecidos ou no sangue. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 32 milhões de pessoas vivem com a doença no mundo todo, e cerca de 8,8 milhões morrem em decorrência dela.
Embora para alguns tipos de câncer existam fatores de risco, em geral trata-se de uma doença que não escolhe idade, etnia e muito menos condição financeira. Dito isso, por mais que câncer e gravidez pareçam completamente opostos, infelizmente a doença pode acometer também as gestantes.
Entre os possíveis cânceres que podem surgir durante a gestação, o de mama é responsável por em média metade dos casos, seguido pelos linfomas e leucemia, que correspondem a cerca de 27%.
Os desafios do diagnóstico de câncer na gravidez
Assim como em pessoas não gestantes, o diagnóstico precoce do câncer na gravidez é fundamental para o início do tratamento. Quanto mais cedo, maiores as chances de cura. No caso das gestantes, soma-se a necessidade de cuidados especiais com o feto em desenvolvimento.
Entretanto, não é simples diagnosticar um câncer em mulheres grávidas. Isso porque o corpo naturalmente sofre modificações que podem dificultar a percepção de que algo está errado. No caso das mamas, por exemplo, elas sofrem alterações naturais devido à gestação: ficam mais surgidas, densas, doloridas. Muitas vezes a mulher não percebe que pode ser o princípio de um câncer.
Outro desafio do diagnóstico de câncer na gravidez são os exames em si. O recomendado é não utilizar radiação ionizante, em exames como o ultrassom. Embora a mamografia não seja contra indicada, a gestante deve utilizar um avental de chumbo para proteger a barriga. Exames como a biópsia líquida, que identifica a presença de células circulantes de tumor na corrente sanguínea, também podem ser recomendados para casos de câncer e gravidez.
Tratamento de câncer na gravidez: quais as opções para a gestante?
Caso o diagnóstico de câncer na gravidez se confirme, há opções de tratamento seguro para o tumor. No câncer de mama, o tratamento cirúrgico pode ser realizado mesmo durante a gestação. O tumor de colo do útero, dependendo do caso e do estancamento da doença, pode ser tratado durante ou depois da gestação. Uma cirurgia também pode ser o tratamento para câncer de ovário, por exemplo.
Pelo menos durante os três primeiros meses de gravidez, a quimioterapia deve ser evitada. Isso porque as drogas utilizadas neste tratamento podem oferecer riscos a saúde do feto. Depois do primeiro trimestre, porém, a quimioterapia pode ser realizada.
O que não é recomendado, porém, é a radioterapia. A radiação pode causar efeitos colaterais para o bebê e só deve ser utilizada no pós-parto, se necessária.
Em geral, os médicos costumam tratar o câncer na gravidez de forma que possam controlar ou diminuir o tumor até o nascimento do bebê. A partir daí, podem estudar a realização de procedimentos mais radicais sem oferecer riscos ao bebê.
Gravidez após câncer: riscos e cuidados
Muitas mulheres que passaram por um tratamento de câncer se preocupam com a possibilidade de engravidar após o tumor. A boa notícia é que desde que o câncer não envolva o aparelho reprodutor e cujo tratamento envolva remoção cirúrgica, é perfeitamente possível engravidar após o tratamento. E vale lembrar que estes tipos de câncer são raros em mulheres jovens no auge da fertilidade.
Ainda que a produção de leite possa ser afetada na mama que sofreu cirurgia ou irradiação, a grande maioria das mulheres que tiveram o tumor conseguem engravidar.
A preservação de óvulos para uma posterior fertilização in-vitro é outra a possibilidade para mulheres diagnosticadas com câncer. Também é possível optar por medicamentos específicos antes da quimioterapia para proteger o ovário.
Em suma, por mais assustador que o de câncer na gravidez possa parecer, a evolução da medicina já permite que hoje existam alternativas seguras desde o diagnóstico até o tratamento da doença. A Oncomarkers oferece perfis de biópsia líquida que fornecem informações sobre o tumor em seus estágios iniciais, cruciais para o tratamento eficaz da doença. Para solicitar mais informações, clique aqui.